Ele:
Se por acaso me vires por aí
Disfarça, finge não ver
Diz que não pode ser, diz que eu morri num acidente qualquer
Conta o quanto quiseste fazer
Exalta a tua versão
Depois suspira e diz que esquecer, é a tua profissão
E ouve-se ao fundo uma linda canção, de paz e amor
Ela:
Se por acaso me vires por aí
Vamos tomar um café
Diz qualquer coisa, telefona, enfim
Eu ainda moro na Sé
Encaixotei os papéis e não sei,
Se hei-de deitar tudo fora
Tenho uma série de cartas p'ra ti
Todas de uma tal de Dora
E ouvem-se ao fundo canções tão banais, de paz e amor
Ele:
Se eu por acaso te vir por aí
Passo sem sequer te ver
Naturalmente que eu já te esqueci
E tenho mais que fazer
Quero que saibas que cago no amor
Acho que fui sempre assim
Espero que encontres tudo o que quiseres
E vás p'ra longe de mim
E ouve-se ao fundo uma velha canção, de paz e amor
Ela:
Na sexta-feira acho que te vi
À frente da Brasileira
Era na certa o teu terno azul
E a pasta em tons de madeira
O Tó talvez te queira conhecer
Nunca falei mal de ti
A vida passa e era bom saber
Que estás em forma e feliz
E ouve-se ao fundo uma triste canção, de paz e amor
7 comentários:
É bonito.
[Há ali um verso que é miserável: "Quero que saibas que cago no amor"]
joao:
o amor também pode ser miserável...
Miserável, mas nunca sem graça.
nunca.
orgasmo de infelicidade
mike:
happiness lies within you. Perdoa-me o cliché. *
I know that, thank you :)
but..
no man is an island, perdoa-me a mim o cliché agora..
and what stands around you can and will influenciate what lies within :)
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